Queria poder engolir palavras saciar-me com vogais encher o estômago de consoantes abarrotar-me de sentido para de novo e de novo ter abundância na boca, engasgar engasgar. Quero evocar a ira divina por meu pecado de conhecimento, sem resignação, ser presa de Tártaro. Não quero a expurgação, quero açoite e correntes, prender-me às minhas veias de sentido inchadas e pulsantes, fortificadas a cada devorar. Perder-me por dentro, sim, abismar-me em mim. Quero cometer outro pecado. Alcançar o meu eu desconhecido a cada instante. Quero juntar-me para sempre e sempre.