Ela escutou a proposta e a pergunta cínica prosseguinte. Respondeu com hipocrisia: “ tudo bem”; enquanto as breves palavras saiam, pegou seu canudo e começou a mastigá-lo ao modo de um coelho faminto. Pouco chamou o maxilar ao trabalho, deixava-lhe arranhar o céu da boca e engolia a seco as pontas de poucas trituras, sangrando a goela. Abaixo, disfagia – a força era tamanha, faziam saltar as veias da testa, fechar as mãos em punhos, lacrimejar os olhos.
Indigestão.
Começou a vomitar 5 anos de uma vida - resistance. A propositora desviou o olhar à cena, mas não segurava o riso que escapava pelo canto da boca.
O próximo movimento se saberá? as palavras do vazio ou as da alma - “ no cú”?!