"...What am I coming to?
I'm gonna melt down
Blame it on the black star
Blame it on the falling sky
Blame it on the satellite that beams me home(...)"
Ele sabia.
O que o estagnava e devorava aos poucos. A presa.
Ele, não no centro da teia laboriosa secando ao tempo, à espera do triunfo final de seu dono. Mas aos cheiros de lírios e cravos amarelados, vermelhos, violetas, multicoloridos, celestes, psicodélicos - mutáveis - , quando sonhando com campos vastos, verdes e calmos, onde as copas das árvores tocassem o céu, deixara, por descuido consciente de um belo encanto, que as agulhas venenosas dissimuladas em botões tocassem-lhe o corpo, como o fizeram.
Primeiro a afonia, em poucos minutos, a surdez; em contagem menor do que a anterior, a cegueira; no andar de poucas horas, a paralisia total.
Não haveria o encontro ou triunfo, o tempo revelara. Não haveria outro sequer, assim como não havia mais o mesmo. Tudo fora se dissolvendo, a vontade diluía-se com o veneno.