Ai, minha criança mimada
Que de miudeza
não tem nada.
Cê contraria o gênio dessa bichinha
e, mira:
as garras logo se afiam.
Mas sábio é aquele do mundo
Que das andanças viu
a fome -
a alma do bicho humano
E sabe que com cadinho de leite morno
Cura o lanho
e dociliza o ganho.
Mas a menina mimada
É ainda mais facetada:
ora gata arredia,
ora encoleirada.
ora tigresa negra,
ora dona de casa.
Helena e Afrodite,
Quem dera escolha existisse!
Vai-se assim, nas curvas, o sábio
Tentando achar pra si o atalho
Um dia, quem sabe?, ele alcança
Mas de agora
por agora
Ele gosta mesmo é de brincar com a criança