"você acredita em médico?! não! vai por mim, põe uma roupa bem bonita, entorna uns gorós de cachaça e vai lá se vingar dessa pessoa sim. agora!"

sexta-feira, 12 de março de 2010

Parte I

Assim começou, como tudo, do nada.

E eram três, depois quatro, enfim, cinco...Cinco amigos - por certo, quatro paixões - calculo, cinco sonhos, um sem-número de problemas - problemas ou questionamentos, a decisão vai depender da referência que se faça, e a fazendo, digo, eram problemáticos, mas dissolviam os temíveis estereótipos do ser por prazer, função, ou essência, questionando os problemas e problematizando os questionamentos. E para não fugir à regra de toda trama banal, havia um segredo ou uma incógnita - na verdade, essa classificação também dependeria do referencial, mas não o tenho para dar, ao menos não agora...todavia, em adianto na incerteza, digo ser essa interrogação-de-si-mesma constituinte do ponto de tensão a entrelaçar essa história ordinária, podendo ela dissolver o paradigma que a respalda como banalidade, destruindo a si mesma, revelando o quanto há de farsa em seus personagens, em seus ditos, interditos, em suas intenções.

A verdade a libertaria! Não. Isso soou por demais profético, e nada aqui é santo, no entanto, sendo partidária do mistério, creio que este, seguindo-se assim, possibilitará a emersão da mediocridade ao mergulho na marginalidade!...acho que criei um paradoxo.

Enfim, após essa breve reflexão (sarcasmo), após esse pequeno solilóquio (adequado), sinto-me moralmente impelida a reescrever a frase de abertura - que deveria ser impactante - como está clara a falha no meu intento, restrinjo-me a ser verdadeira.

E, como do nada, nada vem:

Assim começou, como tudo, de uma invenção.